domingo, 29 de abril de 2018

(off) Um ano depois

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas sentadas e pessoas dormindo

No dia 28 de abril de 2017 - há apenas um ano! - eu escrevia aqui que meu neto Ulisses, primo de Laura e Pedro, não queria conta com o verbo, porquanto ainda não falava nem mesmo as prosaicas palavrinhas "mamãe" ou "papai". Pois bem, como tudo muda, hoje meu garoto é um falador de primeira e na escola sua professora observa esse fato com uma colega, conversa essa que eu tive a prazerosa oportunidade de ouvir. Dizia ela que Ulisses não cala a boa e por isso um dia ela pediu que meu neto fizesse a chamada na classe, e meu netinho não se fez de rogado. Assumindo a postura compatível com a função, ele gritou para a turminha:
- Miguel tá aí? Miguel já chegou?

segunda-feira, 16 de abril de 2018

(off) Amor

Temos tido dias ricos em gracejos por parte de meu neto Ulisses, muitos dos quais este avô não foi testemunha. Um deles, que passo a relatar aqui, foi protagonizado junto a minha filha Sal, que não raro ocupa a função de babá de nosso menininho. Assim numa dessas tardes em que Tia Sal lhe dava um banho, após o almoço e antes da sesta habitual, Ulisses quis saber das preferências sentimentais de minha filha:
- Tia Sal, você ama?
- Sim eu amo você, Pupu e Aiaia - os dois últimos são Pedro e Laura, tratados assim familiarmente desde que Laurinha começou a pronunciar assim tão logo aprendeu a falar.
A essa resposta, Ulisses reagiu misteriosamente, dizendo:
- Um adulto e dois bebês.
Sal estranhou essa colocação e quis saber quem era o adulto e quais seriam os bebês. Meu neto não se fez de rogado e sua resposta fez Sal gargalhar:
- Você, eu e Pupu!
Notanto que o menino esquecia alguém, Sal voltou à carga:
- E Laura?
Mas Ulisses já tinha uma definição toda própria e o que ele disse fez minha filha gargalhar mais ainda:
- Aiaia é menina!

sexta-feira, 13 de abril de 2018

(off) Mais uma de Ulisses

Meu netinho está na fase de fazer perguntas, mas com ele não tem essa de por que isso, por que aquilo. Não, o que ele quer saber é o nome das coisas e quem pertencem. Assim, este avô e sua Tia Sal são bombardeados continuamente pelos questionamentos de Ulisses. Ontem, na casa de minha filha, o menino iniciou o inventário do que via na sala e perguntava:
- Tia Sal, de quem é isso?
E Sal respondia explicando ser ela a proprietária. Mas Ulisses não parava de indagar e por isso Sal impacientou-se e decidiu pôr fim ao interrogatório:
- Olhe, tudo que está em minha casa é meu, ouviu? Eu sou a dona de tudo.
Meu neto, contudo, não se intimidou e bradou com sua vozinha infantil:
- É de Ulisses também!
Sal teve de assentir e rindo disse que antes dele havia Pedro e Laura.
Comigo, a lição engraçada aconteceu numa manhã em que eu o levava até a escola. Curioso, meu garoto reparava nos detalhes do caminho e me questionava. Em certo momento, eu me distraí e o ouvi comentar sobre um tufo de capim:
- É grama.
Dou mais dois passos e então ele me pergunta:
- O que é isso?
Funcionando no automático, recordo do que ouvi anteriormente e declaro:
- É grama.
Que nada! O menino tinha visto o resultado da passagem de algum cachorro e me corrige:
- Não, é "totô"!