terça-feira, 29 de abril de 2025
Senhora dona Laura (off)
terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
Não falo, não ouço, não vejo (off)
quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
Eis-nos de volta (off)
Há muito a relatar neste espaço em que meus netos - além de Pedro, Laura e Ulisses, agora há Otto, o caçulinha que ainda não fala e por isso não tem voz aqui, embora já faça suas peraltices - têm presença cativa e preponderante.
Hoje, neste dia de retorno após um longo quão indesejável intervalo, peço vênia para relatar uma pequena maravilha que talvez o "sangue" explique.
Como é sabido, Ulisses e seus pais vivem hoje em Curitiba, mas nas férias de Verão eles vêm passar pelo menos um mês conosco, quando o menino se esbalda nos passeios e na comilança.
Ontem, por exemplo, num passeio de ônibus pela orla marítima de Salvador, ele apreciava o mar quando sua avó Bia - ele se divide entre nossa casa e a residência dos outros avós, Lea e Gustavo -, depois de futucar em sua bolsa, deu ao menino um pedaço de papel.
Ulisses, meditabundo naquele momento, perguntou: "Vovó, você tem uma caneta?"
De posse do instrumento, ele passou a escrever no pedacinho de papel e daquela cabecinha cismarenta brotou este haicai:
"O céu encontra o mar
E o sol risca o mar
Lá do céu"
Achei isso uma maravilha e reputei o fato ao gosto pela poesia que herdei de meu pai e está presente principalmente em Pedro, o primeiro neto. Por que não seria assim com Ulisses?