sábado, 25 de dezembro de 2021

(off) Amigo secreto




Toda comemoração do Natal em nossa família tem que ter essa brincadeira e a deste ano (2020) teve muita graça. Chegando a vez de Ulisses declarar quem era seu "amigo oculto", o qual estava bem ali a sua frente, o menino, sabedor de que devia fazer algum suspense, começou assim, olhando para este avô:
- O meu amigo secreto... - fez uma pequena pausa e continuou: - ... é bem velho!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

(off) Adolescência

Chegados à adolescência muito rapidamente (para nós, seus pais e avós, doze, treze anos não são nada!), Pedro e Laura já desenvolvem sua personalidade e tomam atitudes que já não é possível mais tolher ou conduzir. Só podemos orientá-los o mais sensatamente que pudermos, para que saibam se portar o mais responsável e condignamente possível. 
Recentemente, ele ganhou um chapéu como presente de seu "amigo secreto" e não tem outra coisa na cabeça.
Ela, por sua vez, pegou ponga na moda entre as amiguinhas e pintou os cabelos de roxo-azulado...





sábado, 18 de dezembro de 2021

A graça de Ulisses


Isto aconteceu no ano passado:



Todos tínhamos acabado de almoçar e somente Laura e Ulisses ainda se encontravam à mesa. A menina se esforçando para terminar seu prato, enquanto o primo já se deliciava com o suco de abacaxi servido. E toda essa demora se devia ao fato de que Laura interrompia seu almoço para conversar. Numa das vezes em que levantou a voz, a menina contou sobre como seus coleguinhas estão "chipados", isto é, relacionados romanticamente uns com os outros - e declinou nomes.
- E você? - quis saber Kika, sua tia.
Laurinha, porém, revelou que ainda não ativou seu "chip":
- Eu sou "forever alone"!
Ouvindo isso, Ulisses, devidamente informado do significado da expressão inglesa, disparou, para nossa gargalhada:
- Você fica comigo! Beijinho! - e correu para junto da prima, que também correu para longe dele!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

(off) Tecnicamente





Enquanto Pedro tomava sua segunda dose da vacina contra a Covid-19, para Laurinha era tudo novidade. Minha neta foi levada ontem (dia 13 de dezembro) a ter sua primeira experiência com a imunização contra a contaminação pelo novo coronavírus.
Coube a minha filha Sal, mãe deles, acompanhá-los nessa jornada salvadora, logo pela manhã. Mas fomos almoçar todos juntos, Vovó Bia, Dinda Ananda e Ulisses juntando-se a nós, como se fosse uma comemoração.
Quando tive um momento a sós com Laurinha, perguntei-lhe se ela havia sentido dor e a menina, uma típica adolescente toda cheia de teorias, deu-me esta explicação:
- Vovô, quando uma agulha entra em sua pele, por menos intensa que seja, a picada provoca dor, então, tecnicamente doeu!

sábado, 11 de dezembro de 2021

(off) Laurinha (re)nasceu!

Fui um dos últimos, na família, a ir vê-la na maternidade e foi amor à primeira vista o que senti ao segurar aquele montinho de carne nas mãos. Um montinho de carne que trazia uma alma que me conhecia de muito tempo antes, tanto que tentou demonstrar isso com aqueles olhinhos negros que me fixavam demoradamente, como se me reconhecesse de algum lugar do passado. Pouco tempo depois ela me diria, em meio a uma brincadeira com o irmão: "Vovô, quando você era neném, eu era grande para lhe segurar nos braços!" 
Era o amor que voltava e o grude permanece até hoje! Nesta data de seu aniversário, as homenagens a Laurinha, a única neta que a Bondade divina nos ofereceu, multiplicam-se e nossas manifestações de carinho se repetem: a mãe reforça sua declaração de amor; o irmão, Pedrinho, dirige-lhe mais de seu sorriso "metalizado"; a tia recorda-lhe as "aventuras" da "Princesa Lolesca"; o Dindo, enche-a de mimos, assim como a Dinda; os outros tios prodigalizam-lhe gentilezas; e o priminho festeja tanto sua prima Aiaia que o aniversário parece ser dele também! 
Já os avós - ah!, os avós! - voltam a experimentar as alegrias das primeiras horas, dos primeiros dias com Laurinha, agradecidos a Deus pelo belo presente recebido e torcendo para que aquele bebezinho de 12 anos atrás, hoje uma longilínea adolescente, cresça em graça e sabedoria, dando menos preocupação e muito mais contentamento a sua família, sendo uma moça responsável, cumpridora de seus deveres e uma cidadã honesta que certamente contribuirá muito para o bem estar de sua comunidade.




quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Formatura

 


Assim como os primos Pedro e Laura na vez deles, ontem foi a vez de Ulisses "colar grau" em sua formatura no curso de Alfabetização (ABC). Como Tia Sal observou, o menino já sabe ler e escrever desde seus cinco anos de idade, mas agora sua competência foi oficializada. E, para marcar a efeméride, sua família e amigos foram cumprimentá-lo na festinha que seus pais, Ananda e Gabriel, fizeram hoje na casa dos avós paternos de meu neto, Lea e Gustavo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Ulissianas




Numa das últimas vezes em que fiquei sozinho cuidando de Ulisses, deitei-me no sofá, enquanto o menino prestava atenção num programa de TV, e, cansado, adormeci. Em meio à madorna, ouvi uma voz infantil - dele, claro! -:
- Vovô, qual é o PIN?
Acordei e ralhei com ele, pois o havia proibido de mexer em meu notebook, porque ele, futucador como quase todas as crianças dessa faixa etária, não se contenta em apenas assistir vídeos no Youtube ou desenhar no programa próprio para isso.
E o PIN, que vem a ser a senha que desbloqueia o aparelho, é a data do aniversário da mãe dele - e Ulisses nunca se lembra disso!

***

Nesse mesmo dia, antes que eu adormecesse, meu neto caçula (por enquanto?) deu uma pausa no programa de TV que assistia para me fazer um aviso:
- Vovô, se você ouvir a campainha, olhe se é uma velha num carro vermelho da Ford...
Ele se referia à avó paterna, que naquela tarde vinha buscá-lo para uma temporada em Stela Maris. Mas interrompi o raciocínio do menino para questioná-lo:
- Sua avó é velha?
Então Ulisses, com a sabedoria de quem se prepara para completar, em junho próximo, seu sétimo aniversário, conserta sua frase:
- Uma senhora de uns sessenta anos...

Perspicácia ulissiana

Acabo de dar muita risada com Ulisses, que veio passar a manhã com os avós enquanto seus pais atendem a um programa a dois. Ocupados num trabalho de artesanato, comento com ele que, junto com a Vovó Bia, ser eu, na família, quem mais visitou hospitais. Aproveitei para recordar de quando trabalhei no Hospital das Clínicas da UFBA, no século passado. Brincando, eu disse a meu neto que fui até mesmo médico!
Nisso, a TV ligada na sala inicia o programa Globo Esporte, chamando para uma matéria com o jogador Sócrates, que, formado em Medicina, também era aficionado da música sertaneja deixou um disco gravado. Prestando atenção na reportagem, Ulisses me pergunta, reparando na figura cabeluda do Doutor Sócrates:
- Quem é esse, é Caetano Veloso?
Respondo que não, que aquele era o médico Sócrates, para ouvir do menino a observação que me fez gargalhar:
- Médico que nem você era, né?

Ecos da quarentena

Toda vez que passo pela estante onde ficam as Graphic MSP, entrando em meu escritório, penso ouvir vozes se queixando da solidão.
Mônica reclama:
- Cadê Laura que não vem brincar comigo e toda a turma?
No mesmo tom lamuriento, Cebolinha exclama:
- Por que "Pedlo" não veio mais ler minhas "histólias"?
Eu quero dizer alguma coisa para eles, falar dessa quarentena que afasta os avós de seus netos, que proíbe as visitas e o contato físico mesmo entre aqueles que se amam, mas acho que eles não me ouviriam.
Mas em pensamento eu digo a Mônica e a Cebolinha que, quando tudo isso passar, Pedro e Laura virão aqui e então todos vão brincar e se divertir muito recordando as aventuras da turma criada por Maurício de Sousa...

"Como se fosse pra você"




Vovó Bia joga duro com os netos, da mesma forma como tratava os filhos, quando pequenos. Ontem, por exemplo, tivemos mais um exemplo disso e este Avô fez questão de relatar, pela graça envolvida no episódio. Era a hora da merenda e todos os três - Pedro, Laura e Ulisses - estavam presentes aqui em casa. Vovó Bia perguntou quem queria suco e os mais velhos aceitaram a pulso, mas Ulisses, que não enjeita nada, queria bem mais do que o conteúdo de seu copo. A vovó, contudo, negou, argumentando que ele não deveria ser guloso. Pois bem. Mais tarde, vendo desenhos em minha cama, Ulisses me faz este apelo:- Eu quero mais suco. Diga a Vovó que é pra você!

Adivinha!

Atualmente, Ulisses já lê com desenvoltura, mas um ano atrás...
Um amigo bancário veio nos visitar esta tarde. Estávamos em casa, além de mim e da "conje", também Caio, Ananda e Ulisses. Em certo momento, esse amigo convida meu neto para uma brincadeira, escrevendo uma palavra no celular e perguntando ao menino que letras ele via ali. Ora, Ulisses já identifica o abecedário e não teve dificuldade em responder:
- B, I, A!
Vocês já devem perceber que o amigo fazia referência à avó de Ulisses e em seguida o questionou:
-E o que está escrito aqui?
Ulisses sabe que nosso amigo trabalha num banco e por isso disparou, para nossa gargalhada:
- Banco do Brasil!

Me ensine direito!



Ulisses, mais uma vez, veio ficar aqui em casa enquanto sua mãe cumpre alguns procedimentos médicos. Com a TV ligada em seu canal favorito, e exibindo os desenhos animados de que gosta, o menino, não afeito a ficar parado, vem ao escritório e me exige papel e lápis para desenhar. Daí e poucos minutos ele vem me mostrar sua arte:- É o bicho melancia!
Inicio um elogio, mas ele não me dá tempo:
- Ainda não está pronto!
Volto a me concentrar no computador, mas demora e o ouço perguntar:
- Como se escreve bicho?
Simultaneamente, Vovó Bia, no quarto, e eu lhe gritamos como juntar as letras e Ulisses reclama:
- Vocês dois eu não consigo, tem que ser um!
Orientado, ele escreve o que entendeu e depois inquire:
- Como se escreve melancia?
Encarrego-me de ensiná-lo e começo, gritando:
- Mê-e...
Lá na sala, Ulisses, menino do século XXI, se exaspera, insciente do vocábulo que este tabaréu usou:
- Eu não sei o que é mê!
Então minha gargalhada explode e passo a ensiná-lo segundo os novos tempos!

Beatlemania



Eu já relatei aqui, outrora, que em sua primeira infância meu neto Pedrinho teve uma recordação palingenésica do passado, garantindo ter assistido ao casamento dos pais. Do mesmo modo, Laurinha, aos dois aninhos, declarou espontaneamente ter sido minha mãe numa de nossas experiências reencarnatórias.
E embora saiba de parte da história pregressa de Ulisses, este meu terceiro netinho ainda não me dera nenhuma pista e por isso resolvi provocá-lo.
Aproveitando que assistíamos juntos a um vídeo dos "tios" Paul, George, John e Ringo, ocasião em que o garoto me olhava com um sorriso mais misterioso que maroto, disse-lhe que os quatro cabeludos haviam se conhecido em Liverpool, uma cidade da Inglaterra.
Então comecei o teste, perguntando-lhe se ele já tinha vivido na Inglaterra, para receber um lacônico mas revelador "sim".
Não satisfeito, voltei a questioná-lo querendo saber onde ficava a terra da rainha Elizabeth.
O menino, que tem um imenso mapa mundi ocupando quase toda a extensão de uma das paredes de seu quarto, estendeu o braço direito e apontou na direção do Atlântico e exclamou:
- É lá longe!
Pois é.