Neste momento (são 9h03 da manhã desta sexta-feira, 8 de janeiro do ano da graça de Nosso Senhor de 2010), Pedro ainda dorme. Há, certo, uma razão para isso. É que na noite passada ele foi trazido para junto de mim, na cama, queimando de febre, choramingando e pedindo a companhia do avô. Acordo apenas para observar as providências de praxe: termômetro, água, antitérmicos... Mas tudo quanto lhe apraz é ver a turma do Cocoricó, mesmo entre um gemido e outro, os olhinhos baços no meio da madrugada tentando brilhar mais que a tela da TV ligada. De vez em quando, um sorriso por trás da inseparável chupeta. Meu termômetro preferido é a mão e sinto que a febre cede. Não demora muito e ele dorme, talvez um pouco depois de mim, que mal percebo a TV ser desligada...
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