quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

(off) Quando crescer...


Na segunda-feira inventei de levar Pedrinho à padaria. Na volta, meu neto iniciou uma de suas famosas conversas filosóficas, desta vez especulando o que queria ou o que deveria ser quando crescesse. Tentei dar uma forcinha a ele sugerindo que abraçasse o atletismo, por ver seu corpo esguio e suas pernas compridas, imaginando que Pedro será um bom maratonista. Mas o menino não me deu atenção e, depois de descartar duas ou três profissões, saiu-se com esta:
Vovô Chico, acho que eu vou ser desempregado.
Ri silenciosamente mas procurei dissuadi-lo dessa carreira parada:
- Como você vai se sustentar se estiver desempregado? É preciso ter um salário e salário só tem quem trabalha.
No entanto, a mente arguta de meu neto já funcionava a todo vapor e ele, observador do estilo de vida de seus familiares, disparou:
- Vou ter cartão de crédito e conta no banco!
Novamente ponderei:
- Para ter conta no banco você precisa ter um salário, e quem vai lhe pagar esse salário?
Vejam minha inocência; Pedro já tinha tudo esquematizado em sua cabecinha e me surpreendeu com sua resposta, da qual ri bastante:
- Você!

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