
Na manhã de ontem levei Ulisses para brincar na pracinha do condomínio, pretextando que ele precisava tomar sol. Meu netinho havia chegado aqui em casa bastante feliz porque tinha aprendido a "fazer metrô" e queria mostrar sua nova habilidade aos avós e aos primos, além da Tia Sal. O tal "metrô" ele faz juntando em fila os bloquinhos de construção que a Mamãe Ananda lhe presenteou e assim fomos à pracinha para que este avô aplaudisse sua arte e engenharia. Enquanto brincávamos solitariamente, eis que chega uma avó com o respectivo neto, que depois eu saberia chamar-se Miguel, que esticou os olhos para a brincadeira de Ulisses e quis participar também. Meu neto, contudo, a exemplo de toda criança espiritual, mostrou as armas do ego e barrou as pretensões do novo amiguinho com um sonoro "não, é meu!". Em resposta, Miguel foi chorar junto à avó e nesse momento o avô assumiu a toga e foi educar o pimpolho, exigindo que Ulisses pedisse desculpas ao outro e dividisse parte dos bloquinhos. Para meu espanto, meu neto abraçou Miguel, dizendo "desculpe", e daí em diante os dois já eram os melhores amigos desta vida. Pois é, o Cristo está certo: "Deixai vir a mim as criancinhas, não as impeçais, porque o Reino dos Céus é para aqueles que se lhes assemelharem".
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