- Minha filha, o que nós vamos fazer com essas capas?
Com bom humor, a representante da escola tranquilizou-a:
- Não se preocupe, vocês não vão voar!
***
Então sentamo-nos todos para esperar e apreciar a performance de nossos artistas mirins e nesse momento os olhares adquirem novo brilho, o sorriso se cristaliza nos lábios e as faces ornadas por cabelos brancos ou tingidos são a expressão da alegria, uma alegria que volta e meia se manifesta em palmas efusivas. E eles cantaram. E encantaram. A turma de Laurinha saiu-se bem com a adaptação do novo sucesso de Seu Jorge, afirmando que "felicidade é saber que eu tenho a companhia da vovó e do vovô". Já Pedrinho e seus coleguinhas recorreram a uma produção original e perguntavam, para intuirmos a resposta óbvia: "Quem é que deixa fazer tudo que a mamãe nunca deixou?".
Nosso menininho, que gosta muito dessas ocasiões, manifestou, logo cedo, alguma preocupação com sua participação no palco, pois que amanhecera tossindo, externando-se com esta indagação:
- Como é que eu vou cantar com a voz assim?
Se eu soubesse o que observaríamos dali a alguns minutos, junto com a Vovó Bia, teria brincado a caráter com meu neto dizendo assim: "Este é um trabalho para o Super Vovô!". Mas o que fiz foi abrir o pote de mel com própolis e dar uma colherada tanto a ele quanto a Laura, que depois cantaram muito bem. As capas, é bom dizer, nós as trouxemos para casa, onde podemos voar em companhia de nossos pequenos...
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