sábado, 30 de agosto de 2008

Poesia

9
Corro os olhos pela campina
E os pés danam a correr também
E se os pés chegam primeiro
Os olhos vão muito mais além...

10
Vamos, Pedrinho, brincar
De pique-esconde
Num lugar, lá não sei onde
Onde se brinca a valer
Vamos brincar de avô e neto
Um dos dois – o mais esperto
Leva o outro pela mão
E se logo entardecer
E o dia se despedir
Vem bem juntinho,
Abraça o avozinho
E faze-o dormir...

11
E vissem essa criança
Pedro
E nela enxergassem o que
Vejo
E diriam, e fariam coisas
Distantes dessa verdade
Que em Pedro não se nota
E é que ele é – somente
E nada mais – só Pedro

12
Da natureza da pedra
Reconheço sua dureza
Que não é durabilidade

Pedras não são perenes
Não pensam na eternidade

Pedras não ganham tempo
E, no entanto, Pedro...

Nenhum comentário: