Hoje de manhã senti pena e muita graça de Laurinha. Estava eu cuidando de assuntos muito importantes no computador, a exemplo de um joguinho de paciência, quando ela se aproxima com um cachorrinho de brinquedo histórico, posto haver sido da mãe dela em criança, e me diz que o bichinho vai dormir. Entro na brincadeira e tomo o cachorrinho nas mãos e o deposito sobre a mesa de trabalho, dizendo que ele já dorme e é preciso que haja silêncio para que não acorde. Laura vai falar qualquer coisa e peço silêncio a ela, pondo o indicador nos lábios e fazendo "shhhh!". Ela silencia, mas volta à carga perguntando se o cachorrinho dorme. Volto a pedir silêncio e ela se afasta. Volto, então, a me concentrar no jogo e eis que ouço a Vovó Bia dirigir-se a Laura perguntando-lhe por que chora. Olho para trás e vejo a menina no sofá e entendo: como não podia fazer barulho, conforme lhe pedi, ela, chateada, foi para o sofá chorar... silenciosamente!
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