É fascinante e ao mesmo tempo cansativo (sim, nós, os avós, no cansamos também, tal a energia que esses miúdos têm, exigindo-nos uma postura e um corpo de atleta...) observar o modo como Pedro Laura se rendem ao sono. Por ser quase um bebê, Laurinha ainda se dá o luxo de dormir à tarde por, no mínimo, duas horas, e assim à noite ela é, invariavelmente, a última a se entregar nos baço de Morfeu. Então, ela inventa toda sorte de brincadeiras para atrasar o máximo possível seu encontro com o "deus do sono". Pedro, ao contrário, quando seus olhos começam a apertar, entra em seu mundo íntimo e começa a fazer reflexões, recapitulando seu comportamento ao longo do dia, passando a recriminar-se: "Eu faço muitas bobagens, é por isso que as pessoas não gostam de mim. Não faço nada certo!" Ontem, ouvindo suas queixas, ponderei que ele ainda é uma criança e um dia aprenderá a fazer de forma que todos fiquem contentes. Não sei se ele assimilou minhas palavras, mas fechou os olhos e adormeceu como um anjinho...
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