(off) Desculpas

Esta tarde fiquei, mais uma vez, pajeando os meninos, enquanto as mulheres da casa se dirigiam às compras e por mais que tentasse foi difícil encontrar um tempinho para descansar - e o corpo pedia isso. E antes que Laura adormecesse em sua sesta, Pedrinho estava, como sempre, um azougue, não parava quieto; consequentemente, não me deixava quieto também. Assim, quando Laurinha veio até mim, que me entretinha no computador, para dizer que seu irmão havia desarrumado a cama, tirando os lenções e espalhando os travesseiros no chão, fui até o quarto e ralhei firmemente com ele e até ameacei-o com algumas palmadas se ele continuasse a fazer aquelas artes. Arrumei a cama outra vez e deixei os dois entretidos com os programinhas de TV, mas volta e meia ele vinha até mim, intrometia-se no que estava fazendo e teimava em tomar o mouse de minha mão para ver no computador o que via na TV. Após Laurinha dormir, ele deve ter entrado numa espécie de meditação, porque numa de suas vindas à sala pediu-me desculpas pelas bobagens que fazia. Abracei-o, beijei-o e pedi que ele tentasse não mais fazer as tais bobagens. Mas o menino se esgueirou de meus braços e aboletou-se na cadeira que deixei vazia à frente do monitor e, enquanto tomava posse do mouse e abria seu novo site favorito, declarou: "Mas eu não consigo parar de fazer bobagem!".