quinta-feira, 21 de agosto de 2014

(off) Coração folgado

Desde ontem à noite já está todo mundo em casa, tanto as mulheres, de volta do passeio ao Chile, quanto as crianças, Pedro e Laura, retornando da temporada de dez dias em terras feirenses, onde curtiram o frio do inverno e o da saudade. Fomos, Alexandre Lucas e eu, buscá-los na casa de vovó Mara, e Pedro, ouvindo movimento no portão de entrada, veio correndo de lá de dentro gritando "Papai!", mas fui o primeiro a entrar e ele estancou:
- Vovô Chico!
Abraçou-me e começou a se emocionar, falando "Que saudade!" e então sua voz embargou-se e lhe vieram as lágrimas. Era mesmo a hora de voltar.
Depois disso, cumprimentando minha comadre Mila, irmã de vovó Mara e tia Grácia, ela me contou que nesses últimos dias Pedrinho não falava outra coisa a não ser que não via a hora de ir para sua "casa própria", porque sentia seu coração apertado.
Mila me disse também que, ouvindo o irmão falar desse aperto no peito, Laurinha igualmente se pronunciou, de maneira um tanto quanto divertida:
- Tia Mila, um dia eu também senti meu coração apertado quando eu pensei em vovó Mara, então eu disse que era saudade. Depois, meu coração ficou folgado.

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