sábado, 22 de fevereiro de 2014

(off) Melhores amigas

Aproveito que Laurinha está comigo no escritório, entretida com seus desenhos no Paint, e invento uma cantiga que fala da mãe dela, sua melhor amiga. A cantiga descamba para um interrogatório a que a menina se dá de boa vontade:
- E quem é sua segunda melhor amiga?
- Vovó Bia.
- E a terceira?
O nome da Tia Ananda é lembrado e sigo perguntando em ordem crescente, utilizando os números ordinais para posicionar essas amigas, entre as quais constam pelo menos três das muitas bonecas de Laura. Assim, chego à sétima amiga, à oitava... Ela, naturalmente, não conhece os ordinais e facilmente os relaciona com os números naturais, de modo que o diálogo segue neste ritmo:
- E sua décima melhor amiga?
- A dez?
E vêm à lembrança da menina vovó Mara, as tias, a prima Lorena, de Feira de Santana...
- E sua décima primeira melhor amiga, quem é? - pergunto mais uma vez, para ouvir a observação:
- A onze?
Acho graça e quero ser também engraçado:
- Sim, a ônzima!
Laura cita mais um nome e, como não chegou onde eu pretendia, faço-a recordar:
- E Bisa Margarida?
E é então que minha neta me faz gargalhar:
- Ela é a dôzia!

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